Sinto
28 de maio de 2013

Por Salete Alves – 28 de maio de 2013

Devagar sinto cada tom entrando e infiltrando-se nas entranhas, cada suspirar um nova viagem. Não sei quem pode ser aquela moça que vejo em uma rua sozinha à espera de um nada. Pegar e soltar os sons, fazer com ele o movimento rotatório e circulatório, do círculo para as veias. Lá vem… aquela suave sensação de preenchimento pelas falas não ditas. O que me enche são as poesias perdidas e os acordes de canções singelas. Acordo no meio da noite e consigo enxergar eu em meio as carros dançando feito uma mulher da noite. Elena, esse é o nome da vertigem que passou a transformar as minhas quedas em poesia. Ah noite! Se eu pudesse eu engolia você e guardaria pra sempre os teus segredos. Essa saiu assim, meio que querendo falar com ela. Agora deixe que eu te conte qualquer pedaço de palavra… eu te sinto Elena.

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Fiquei encantada com o filme. Muitas coisas que sinto, de certa maneira compartilhei com o filme. As imagens, juntamente com a trilha sonora, levou-me para a pura essência do meu ser. Ser esse que se encontra muitas vezes perdido e solto por aí. A cada momento do dia, sinto como se uma bela sifônia tivesse tocando e ponho-me a querer dançar e rodar, em um movimento tão lípido e intimo faço a vontade da minha alma. Estou em êxtase … Elena tem me feito ser ser dor que doí e vira lembranças… de braços abertos estou seguindo o movimento da água.



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