ELENA é melhor compreendido com o passar do tempo

por: Gabriel Caetano – blog 7 Lhamas – 5/8/2013

Um dos filmes mais comentados pelo público do nicho no Brasil, Elena é uma obra artística rara. Forte e tocante na medida certa, a mesma medida em que a narração do filme é suave, também confunde.

Dirigido por Petra Costa, o filme é uma homenagem a sua irmã mais velha, Elena Andrade, que saiu do Brasil para morar em Nova Iorque em busca do mesmo sonho de sua mãe: ser atriz de cinema. Como o próprio pôster mostra, Elena é um mergulho. Nas memórias de Elena e nos sentimentos da diretora que também é a narradora do filme.

Mesmo com a estrutura documental, é legal enxergar Elena como um drama. Uma história sobre juventude, sonho, dedicação e paixão. Uma simbiose entre a diretora, sua irmã e a arte (principalmente a música, sempre frequente e importantíssima para a construção da aura de Elena) da qual o filme é sempre carregado. Essa simbiose é meio que a chave que usei pra tentar entender a mensagem de Petra que transborda carinho na voz e que abre seu coração para destrancar o baú com as memórias de sua irmã, chega um momento do filme em que o espectador não sabe separa a Petra de Elena que se apresentam não de forma igual, mas de forma simbiótica. Unidas.

Elena é melhor compreendido com o passar do tempo e matutar das ideias. Assim como na época de seu lançamento onde militei em redes sociais para que o pessoal procurasse pelo filme, repito tudo aqui e peço mais uma vez para que vocês assistam Elena, porque pra esse filme tenho mais sentimentos que palavras.

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