Os Melhores Filmes da Primeira Metade de 2013

por:  Pablo Bazarello – site Cine Pop – 9/7/2013

Amor Profundo – Rachel Weisz entrega o melhor desempenho de sua carreira como uma mulher decida, que abre mão do cômodo casamento com homem rico e mais velho, para se aventurar numa paixão avassaladora com um inconsistente ex-piloto. Tom Hiddleston (Os Vingadores) também brilha, nessa obra de extrema dramaticidade.  O Quarteto – Mudando um pouco os ares, essa é uma comédia leve e divertida, recomendada para toda a família. Passada num asilo onde veteranos artistas vão para passar o resto de suas vidas. O filme traz os conflitos e paixões de uma vida inteira, e é uma grande homenagem do diretor estreante, Dustin Hoffman, para a música. Pieta – Filme do sul coreano Kim Ki-duk, conta a história de um sujeito que ganha a vida como um cruel agiota. Até que um dia aparece em sua porta uma mulher clamando ser sua mãe. A vida desses dois irá se entrelaçar até a conclusão, que conta com estonteantes revelações e desfechos. O Lugar Onde Tudo Termina – Ryan Gosling se reúne ao diretor de Namorados Para Sempre, para entregarem um novo e eficiente trabalho. Aqui temos três histórias sobre a saga de duas famílias. Gosling é um assaltante, e Bradley Cooper um policial novato.

A Parte dos Anjos – O novo trabalho do cultuado cineasta inglês Ken Loach (À Procura de Eric) é igualmente um drama sério, e uma divertida comédia. A história fala sobre um grupo de jovens desajustados, que durante sua pena no serviço comunitário aprendem sobre degustação de Uísque.  Depois de Lúcia – Um dos filmes mais angustiantes, revoltantes e inquietantes de todos os tempos. Essa obra mexicana eleva o termo bullying a um novo patamar, ao contar a história de Alejandra, uma jovem que se muda com o pai para uma nova cidade. Depois de cometer um deslize, a menina tem sua vida transformada num inferno pelos alunos de sua escola. Um soco no estômago, difícil de assistir, que conta com a impressionante atuação e entrega da jovem Tessa Ia, que vive a protagonista. A Caça – Outro filme angustiante, o diretor dinamarquês Thomas Vinterberg conta a história de um cidadão modelo, que tem sua vida virada do avesso depois de um comentário inocente de uma criança. A obra discute pedofilia, perjúrio e infâmia de maneira séria e importante.

Antes da Meia Noite – A Conclusão (por enquanto) da saga romântica do casal Jesse e Celine, que já dura quase duas décadas. Iniciado em Antes do Amanhecer e continuado em Antes do Pôr do Sol, a obra apresenta os protagonistas casados e com duas filhas pequenas, de férias na Grécia. Importante para o cinema americano, as obras do diretor Richard Linklater em parceria com Ethan Hawke e Julie Delpy, possuem uma estrutura simples, e totalmente baseada em diálogos. Funcionam como peças de teatro, onde o mais importante é o que sai de suas bocas. E o melhor filme do ano, por enquanto é…

O documentário nacional Elena, da diretora Petra Costa é uma declaração de amor para sua irmã, Elena. Falecida na década de 1990, a jovem do título se mudou para Nova York para perseguir a carreira de atriz. Extremamente deprimida, a protagonista acaba por tirar a própria vida. Uma poesia em forma de filme, Elena é belíssimo, e cria identificação imediata com, não apenas quem perdeu um ente querido e próximo, mas todos que perseguem conquistar seus sonhos, mesmos que muitas vezes ele pareça nos derrotar. A vida imita a arte e a diretora Petra Costa, segue os passos e conquista os sonhos de sua irmã, tornados seus agora. Uma bela homenagem ao mundo e a alma de artista.

 

 

 

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