Elena, uma história de amor à arte

Por Luiz Henrique Dias, no blog A cidade e homem – 31/5/2013

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Ontem, quinta (30), fui assistir Elena.

Fui pelo convite de ir ao cinema. Não sabia nada sobre o filme, nem que era uma produção brasileira. Sabia apenas o nome e em qual lugar iria assistir: Itaú, na Augusta.

Na fila, com amigos, pincelei algumas informações sobre a produção e, confesso, ao saber se tratar de um documentário/filme, degustei uma dose profunda de antipatia, fruto de minha incapacidade de conviver com a ausência da narrativa.

O que vi, no entanto, está longe de um documentário e mais longe ainda de um filme.

Elena é uma bela obra.

Não soube, após, dizer se gostei ou não, pois não se tratava de gostar.

A arte não é feita para se gostar – ou não -, é feita, apenas, para ser vista, contemplada, sentida – sem nomear o sentimento – e experienciada.

E Elena nos faz experienciar.

Uma voz constante, fundande, envolvente, ressoa imagens, sim, imagens ressoadas em voz, ao longo de um misto de passado, presente e futuro.

A fotografia e as memórias de Elena e sua família são nossas, também, prezam pelo comum, pelo cotidiano, apesar de não tratar de alguém comum e, sim, de alguém que optou pela arte, do início ao fim.

E trata de amor.

Não do amor entre duas pessoas.

Mas do amor entre irmãos. Isso vai além.

O amor de alma e sangue.

Aquele que sentimos mais com a morte.

Uma efusão de imagens e uma profundidade de sentimentos.

Não é um filme para se falar sobre.

É um filme, apenas, para se ver.

Vá ver Elena.

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